Prefeitura e forças policiais também debateram os casos de perturbação do sossego público
19-03-2019 | 19:07:56
O Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGI-M) se reuniu, nesta terça-feira (19), pela 15ª vez desde a criação do Pacto Pelotas pela Paz, para avaliar os indicadores criminais do município e planejar as próximas ações dentro do projeto de segurança pública. Roubos, furtos, lesões e crimes contra a vida apresentaram queda nos dois primeiros meses do ano, em comparativo com o início de 2018.
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Homicídios, latrocínios, feminicídios e infanticídios diminuíram 42% no período. Conforme o delegado regional da Polícia Civil, Márcio Steffens, até esta terça, o município registrava 21 mortes violentas a menos do que no último ano.
O roubo a estabelecimentos comerciais e financeiros caiu 46% na soma de janeiro e fevereiro, apesar do aumento das ocorrências no último mês, chegando a 25 casos. Todavia, a origem do problema foi identificada pela Guarda Municipal (GM): se tratava de um homem que vinha praticando os crimes em farmácias — ao todo, nove roubos — que foi preso pelo efetivo e reconhecido por testemunhas.
No acumulado de todos os crimes, a diminuição foi de 19,3%. Os roubos a transporte público, veículos e pedestres caíram 52%, 17% e 28,4%, respectivamente; enquanto isso o furto de veículos teve queda de 29%. O único indicador que apresentou aumento foi o de roubo a residências, com dois casos a mais. Os dados levantados têm como base informações da Delegacia Regional de Polícia, 4º Batalhão de Polícia Militar (BPM), Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul e Instituto Médico Legal.
Conforme a prefeita Paula Mascarenhas, para que os números continuem descendentes e as políticas efetivas, é necessário que o Pacto Pelotas pela Paz se torne algo cultural, especialmente entre as instituições que dele participam diretamente, como as forças de segurança, judiciário e ministério público. “O pacto deve ser perene. Mesmo com a troca dos atores, precisa continuar sem que haja prejuízos”, pontuou.
Durante o encontro, o GGI-M discutiu também as ocorrências ligadas à perturbação do sossego público em pontos específicos da cidade, como o caso da Universidade Católica de Pelotas (UCPel). Foram apontadas ainda as suas motivações, que são, em grande maioria, o consumo de álcool.
O subcomandante do 4º BPM, major Márcio Facin, e o secretário de Transporte e Trânsito, Flávio Al Alam, lembraram que durante os últimos oito meses Brigada, GM e agentes de Trânsito são presenças diárias na rua Gonçalves Chaves, o que vem diminuindo as aglomerações. O episódio ocorrido no dia 11 de março, quando foi registrado um número expressivo de pessoas na quadra da UCPel, foi considerado fora da curva, e já era esperado pelas forças de segurança devido ao retorno das aulas em diversas instituições de ensino.
Entretanto, além da presença policial, o Executivo também trabalha para solução do problema. A Secretaria de Gestão da Cidade e Mobilidade Urbana irá se reunir com os proprietários de bares do entorno da UCPel e o Ministério Público, a fim de chegar a um consenso sobre o comércio, especialmente de bebidas, na região.